Desde o início do Rastafári, o movimento Rasta tem se expandido muito além da Ilha da Jamaica. Existem Rastas por todo o Mundo. Hoje a Cultura Rastafari esta na Europa, Asia, Nova Zelândia, Estados Unidos, Brasil e especialmente na África. Este texto procura explicar o Rastafári , a Cultura Rasta, símbolos, as Cores, a música, o uso da Maconha, o famoso chá das 4 :20, etc ... ! Jah Bless!
O movimento Rastafari surgiu dos ensinamentos do grande líder e ativista Jamaicano, Marcos Garvey. Garvey disse que o Povo Africano espalhado pelo
Garvey sempre usava muitos termos bíblicos em seus discursos, para se ver livre da opressão do “Homem Branco”, que ele chamava de ímpio (impuro),
Na Jamaica pessoas como Leonard P. Howell, J.N. Hibert, and Archibald Dunkle, começaram a espalhar o fato de que o Messiah tinha vindo para salvar o povo Africano. Para Dunkle Howell e Hibert Haile, Selassie era o próprio Deus vivo.
Os crentes no Rastafarismo são frequentemente mal entendidos. Para muitos, qualquer um que tenha dread, fume Maconha e toca Reggae é um Rasta. Existem muitos outros elementos, além destes três para ser um Rasta. Rastafari é muito mais que uma religião. É um movimento e um jeito de vida. O estilo de vida do Rasta é a Paz, ou pelo menos a procura pela paz. Eu digo isso, porque por
Um dos primeiros aspectos que que vem à mente quando as pessoas falam sobre Rastafari é que eles fumam Maconha. Fumar Maconha para um Rasta é uma experiência especial. Eles usam a Maconha para a iluminação da mente para que eles possam corretamente argumentar sobre as coisas do mundo. A Maconha é sempre usada de maneira cerimonial. Antes de fumar a Erva Sagrada o Rasta fara uma prece para Jah ou para Haile Selassie I.
Desafortunadamente para o Rasta, fumar Maconha se tornou um de seus piores problemas.
- CORES
O verde, o vermelho e o amarelo são as cores da bandeira nacional da Etiópia, onde aparecem com o mesmo significado vigente entre os rastas e representam:
VERDE: terra e esperança
AMARELO: a Igreja e a paz
Dreadlock é outra parte bem conhecida da cultura Rastafari. A origem do Dreadlock vem da África ancestral, originário da África Oriental.
Os Rastas acreditam que não se pode por lamina afiada em seus cabelos. Isto vem também da interpretação literal da “Bíblia”. Devido a esta crença, eles não penteiam nem cortam os cabelos. Existe também alguns grupos de Rastafáris, como os da Niubingui Etíope Coptic de Sião que usam pentear seus cabelos, mas nunca corta-los.
O Uso do dreadlock apareceu pela primeira vez, na comunidade original de Pinnale.
Como em Pinnacle Howell plantava Maconha, a polícia dava batidas frequentes na região. Por este motivo e outros problemas de demarcação territorial da comunidade Rasta, Howell foi forçado a criar uma milícia com grupo de guardas para proteger a área. Estes guardas deixaram crescer os cabelos no estilo dos guerreiros Africanos ancestrais e começaram a ser reconhecidos como “Locksmen”. Por estes motivos os dreadlocks se tornaram uma marca registrada dos Rastafaris.
- MÚSICA
A música rastafári, ao contrário da clássica concepção estética kantiana (de Emmanuel Kant), não se enquadra em questões de 'juizo de gosto" nem é uma atividade gratuita, objeto daquela contemplação conceitualmente vazia de "arte pela arte". O rasta-music é o que os teóricos Modernos e Contemporâneos consideram, com o horror de uma normalista, uma arte "utilitária", pelo simples fato deser música feita com claros objetivos político-ideológicos e e metafísicos, que transcendem à comunicação artística de mero entretenimento.Para além da difusão de ideais socio-políticos, as composições, em sua harmonia, ritmo e timbres dos instrumentos, buscam sintonia com o pulsar de um coração tranquilo e, por isso, estas composições são chamadas de "música do coração" ou heart beat. O uso da percussão com objetivos místicos e psicológicos tem raízes milenares não somente na África mas também na Ásia, em culturas antigas de países como Índia, China e Japão, sem falar dos povos pré-colombianos e dos povos indígenas brasileiros. Os sons dos tambores e de outros objetos percussivos, diferentes entre si e combinados na "batida" do reggae, é um meio de conexão com a divindade, de acordo com o conhecimento ocultista, que considera o som como a primeira manifestação de Deus em sua criação de todas as coisas. Está escrito no Gênesis: "No princípio, era o Verbo"; e o Verbo é palavra; e palavra, expressão objetiva do pensamento, concretismo sutil do mais abstrato, é som. A física atual já pode confirmar este ensinamento bíblico, uma vez que foi detectada uma vibração sonora presente em todo o cosmos conhecido até agora.A análise científica revelou que tal vibração, chamada "ruído de fundo" ou "reverberação residual", trata-se de um campo energético cuja idade se confunde com a origem do Universo, ou seja, tem a idade do Big Bang.Outro aspecto da importância da música na cultura rasta é de natureza psicológica, aspecto este igualmente aceito pela ciência. Experiências laboratoriais já provaram exaustivamente que a música interfere no estado de espírito, ou humor, não apenas dos homens, mas também dos animais e até das plantas. Há músicas excitantes, outras depressivas e outras ainda, como o reggae (bem como a newage music e os cantos gregorianos, o canto-chão) que são tranquilizantes, capazes proporcionar um estado mental de serenidade, apaziguando emoções violentas e, por conseguinte, melhorando o desempenho da inteligência como um todo. Este poder tranquilizador da rastamusic é reforçado pelas letras das canções, que contêm mensagens de paz, amor e dignidade. É um tipo de sonoridade capaz de despertar a divindade que, em sua onipresença, reside dentro de cada um, por vezes oculta, mas sempre ali, esperando apenas um pequeno chamado para se manifestar. Cantando os versos de um reggae, proferindo repetidas vezes afirmações positivas, acredita-se que é possível, efetivamente, transformar a realidade. Esta é uma concepção que, mais uma vez, encontra respaldo nas tradições esotéricas que professam o ensinamento: "Falar é Criar'' .
Bob Marley o Rei do Reggae
O Rasta acredita que é erado comer animais que morreram porque você estaria transformando seu corpo em um cemitério.
Isso não significa que ele não vá comer
laticínios. A maioria dos Rastafári não tem problema em consumir leite e derivados porque isso não vem de animais mortos. Mesmo não comendo carne de animais, muitos Rastas comem peixe. Porém nunca comem ostra e outros animais de concha. Isto também vem da leitura da Bíblia. Alguns Rastas poderão ser tão radicais ao ponto de não comer frutas que tenham sido alteradas de sua forma original. Isso significa que eles não comerão frutas que tenham sido descascadas, cortadas amaçadas ou espremidas. Um grande numero de Rastafáris não ingerem comida processada.
O que o Rasta fala reflete literalmente o que ele pensa. Sua colocação usa sempre a tradução literal da palavra, da mesma forma que acreditam na tradução literal das escrituras bíblicas. A conversa do Rastafári reflete seu protesto contra a opressão, assim como protesto contra a instituição. Quando a palavra do Rastafari é analizada, mostra quanto o Rasta pensa positivamente.
A retórica do Rastafari muda a língua Inglesa de maneira que ajude a se fazer um senso literal da palavra, assim como para protestar contra o que o Rasta acredita ser injusto. O Rasta as vezes troca os sentidos das palavras negativas para um significado positivo.
A troca da palavra “understand”(entender) para “ over stand” é um bom exemplo. O prefixo “under” (inferior, sob, etc..) é negatico, enquanto “over” (sobre, demais, superior, etc...) é de sentido positivo. Um Rasta poderia dizer: “Eu e eu, não preciso só entender (understand), mais que tudo preciso compreender (over stand). Observe que o termo “overstand” não existe na lingua inglesa. Um Rasta jamais usaria termos negativos. Ele vai sempre trocar por um termo positivo. Isso é de grande reflexão sobre como o Rasta vê e pensa sobre as coisas de maneira positiva Outro interessante aspecto da linguagem Rastafári é o conceito de Eu e Eu. A palavra “Eu” esta em toda parte do vocabulário Rasta. Isto é um nome da religião Rastafari. Isto é uma reverência a Jah (contração fonética da palavra Jeová), pois o Rastafari acredita em um Deus uno, onde Deus e o homem são a mesma coisa, um Deus interno, que existe dentro de cada um de nós. O Rasta diz “I and I” (eu e eu), evidentemente que o primeiro eu é o próprio Jah. O Rasta não aceita a idéia de um Deus externo, que esteja nas alturas, no céu ou seja lá o que. O “I” (eu) é usada també para substituir palavras fortes. Ela é substituta da palavra “you” (você), porque o “you” não faz parte do vocabulário Rasta.
O Rastafai acredita que no princípio só existia a palavra “eu” então veio o Demônio e criou a palavra “você”.
Um dos mais importantes aspectos da cultura Rastafári é o permanente protesto contra o sistema institucional. O Rasta se refere as autoridades que governam o mundo como “Babilônia”.
Babilônia é ligada ao Demônio e dirigida pelo “homem branco opressor”. Esta rejeição pelas autoridades constituídas pode ser observada na ordem litúrgica Rastafari que não tem regras como de outas ordens. Não existe nada que precise ser feito para ser um Rastafári, pois o verbo explica todo o propósito de ser Rastafári. O Rastafári rejeita muitíssimo o Papa: “Queime o Papa. Queime o Papa homem...O Papa é o vampiro que quer nosso sangue. Selasie I é a única cabeça. O Papa é o Demônio”. A frase deste Rastafári Jamaicano demonstra perfeitamente o sentimento que Os Rastas tem sobre as religiões organizadas e o Papa.
A crença econômica da Rastafari é contra o capitalismo. O Rasta acredita que o capitalismo é parte do organismo da Babilônia. O Rasta acredita que o que é dele também é do vizinho. Isso não quer dizer que o Rasta aprova o comunismo. Para o Rasta comunismo seria uma coisa muito organizada. O Rasta também rejeita a idéia de um lider para dizer a ele o que fazer. Muitos Rastas também não aceitam a idéia de se pagar impostos. Por este motivo a maioria dos Rastas não fazem parte da economia formal. Eles preferem viver em lugares que possam plantar suas próprias coisas, ou vivem da economia informal, vendendo coisas pelas ruas. Outros sobrevivem da venda da Maconha.
Uma triste parte desta cultura é em relação a atitude negativa com as mulheres. Alguns Rastafáris acreditam que as mulheres não são iguais aos homens. Novamente a interpretação literal da Bíblia se manifesta. O Rasta acredita que uma boa mulher tem que sempre respeitar o marido e fazer tudo o que ele pedir. Isso contradiz a idéia de igualdade das pessoas. Não existe a instituição do casamento entre os Rastas. Não faz parte da liturgia Rastafári a serimônia de casamento. O Rasta acredita que quando o homem deita com uma mulher ele se torna responsável pelo seu bem estar, dispensando qualquer manifestação externa deste ato.
- SIMBOLOGIA
A significação dos elementos estétio-artísticos da cultura rastafari está relacionada com suas origens doutrinárias onde se misturam símbolos antigos e contemporâneos. Quando se fala em "rastafári" certas imagens mentais são evocadas imediatamente, como "reggae music". Dreadlook ou a alegria, a vivacidade das cores predominantes em roupas e objetos. Cada um destes elementos tem sua razão de ser, sua explicação.
Os mais conhecidos são:
☮ : Code of Nuclear Disarmament. Simbolo Hippie da Paz e do Amor A origem pacifista se deu há uns 50 anos atrás. Foi desenhado para servir de logo para o Comitê de Ação Direta Contra a Guerra Nuclear e para a campanha de Desarmamento Nuclear O símbolo foi desenhado por Gerald Holtom (integrante da inteligência durante a Segunda Guerra Mundial) a partir da linguagem de bandeiras, por tratar-se de um código universal adotado em toda comunicação marítima, o que, portanto, assinava sua legalidade.Este símbolo foi adotado pelos hippies americanos que eram contra a guerra no anos 60.
ॐ : esse Simbolo, é bastante usado, em frases, orkut e msn, é uma letra do alfabeto sânscrito,a língua hindu OM significa o som do universo, a origem de todas as coisas, é um simbolo de energia vital positiva, por isso quando cantamos OM estamos nos unindo a essa boa e essencial vibração do universo levando-nos a uma paz interior e purificação da aura e do espirito.
Prostituição é muito comum nesta cidade e muitas mulheres fazem bom dinheiro com este negócio. Fora da prostituição existe muito pouco contato entre os sexos. A economia da cidade é baseada no comércio agrícola. As mercadorias comercializadas são milho, feijão, batata, trigo, cevada e injera (um grão tradicional na cozinha Etíope).
Separados desta economia, os Rastas fixaram uma comunidade que fica a cinco quilômetros do mercado central de Shashemene. A vila cresceu dos originais 12 Rastafáris que chegaram a localidade para dias mil famílias. Quase todos os Rastafaris que moravam na cidade vieram da Jamaica. Dos que não são, a maior parte são mulheres Etíopes que casaram com Rastas. Os Rastas que vivem la são membros da congregação Doze Tribos de Israel. Doze Tribos de Israel é a congregação mais bem organizada de Rastarais da Etiópia. A origem da igreja é da Jamaica e tem um ramo no Brooklyn, em Nova Iorque. A Doze Tribos de Israel tende a ser mais radical nas crenças que outras comunidades Rastas. Eles acreditam na volta de todos os Rastafáris para a Etiópia (África). As casas dos Rastafaris deste distrito são feitas de Barro, palha, cerâmica ou restos de concreto. As estruturas são bem firmes porém são todas de um só pavimento. Isso porque construir sobre pisos eles acreditam que é invadir o espaço de Jah.
As paredes são porosas porque os Rastas dizem que assim eles podem respirar de lado de dentro da casa.
Os Rasta que vivem em Shashemene não sofrem nenhum tipo de controle do estado. A economia deles é completamente informal. Isso funciona porque a terra é muito fertíl e eles podem plantar tudo que necessitam para sobreviver. O que eles não conseguem plantar eles trocam pelos seus produtos no mercado central e existe ajuda que vem da Jamaica e outras organizações internacionais. Por isso as pessoas da Vila Rasta conseguem viver sem a interferência de externa e sem ninguém para governar suas ações. Não existe diferença de classe dentro da comunidade. Projetos de trabalho são desenvolvidos por aqueles que tem mais conhecimento da área.
A vida das mulheres da comunidade de Shashemene não é muito lega. De fato elas são mais oprimida-de que em outras comunidades Rasta. É comum mulheres apanhar por ter demorado demais ao ir para o mercado central. Os homens geralmente marcam o tempo de ir até o mercado e voltar sem perde tempo com conversas ou outros tipos de prazer. Se estas mulheres não voltarem dentro do plano de tempo pré-estabelecido, com certeza apanharam.
“ Ela me mostrou as cicatrizes que carrega por ter apanhado como punição por ter se atrasado das compras diárias. Seu marido marcava cuidadosamente o tempo de viagem ate o mercado e o atraso levantou suspeitas de infidelidade”
A vida diária dos homens da comunidade é muito diferente das mulheres. Os homens perdem a maior parte do tempo com atividades que não tem relação com trabalho. Eles passam a maior parte do tempo discutindo o mundo na visão Rastafári ou pintando retratos do Haile Selasie I. A maior parte dos Rastas que vive na comunidade não trabalham muito no campo. Os recém chegados fazem os serviços que normalmente são feitos na lavoura. Normalmente eles não ficam muito tempo porque eles são explorados pelos membros mais velhos.
Outras pessoas que vivem na cidade de Shashemene vêem os Rastas de diferentes maneiras. Alguns os rejeitam porque o estilo de vida deles conflita com o resta da comunidade, enquanto outros acham os Rastafáris um grupo inofensivo que não prejudicam a comunidade.
Porém são poucos que acham que os Rastas fazem algo pra ajudar a cidade.
Existe algumas razões para algumas pessoas da cidade não gostar dos Rastafáris. Uma delas tem a ver com a pregação anti-violência dos Rastas, elas acham que eles são muito rápidos em puxar uma faca quando se desentendem uns com os outros. A segunda é que eles são preguiçosos e vendem as roupas no mercado que lhes são doadas por caridade. A terceira reclamação que a comunidade tem sobre os eles é a mesma que em outros lugares que os Rastas vivem, é a reclamação sobre a Maconha.
“Tudo o que eles fazem é fumar Maconha, que os agricultores locais plantam pra eles. Algumas pessoas da cidade não gostam disso, assim nossas crianças vão começar a usar a Maconha também”. Disse Adbul Onduka, um mecânico de 27 anos.(Bhalla)
A quarta reclamação sobre os Rastas é que simplesmente a crença religiosa deles conflita com as crenças Muçulmanas ou Cristãs.
Os Rastas de Shashemene dão boas vindas para qualquer Africano que queira viver na comunidade Rasta . Eles dizem que na comunidade deles cabe o numero de pessoas que quiser viver ali e que queiram voltar para a África. Os Rasta acreditam que vão transformar Shashemene na cidade mais importante da África. Eles proclamam que um dia ela será uma próspera cidade que derrotara a a opressão do “Homem Branco”. Só que até agora os Rastas fizeram muito pouco ou nada para promover Shashemene.
A discussão sobre a “re-legalização” da droga nos diversos continentes do mundo é notória, mas está longe de ter um final, porém políticas públicas de tolerância já estão sendo adotadas em diversos países a fim de não impor penas severas aos usuários. Em 13 estados norte-americanos a erva já é legalizada para usos medicinais, e seus benefícios já são comprovados há anos pela ciência.
Gostei adoro reggae mas não tenho rasta mas muitas vezes assisto a omilhação da pessoas porque eles usa rasta e endentificado como monstros mas adoro cultura rasta e a forma de educação sobre paz ,amor alegria ,fé e igualdade
ResponderExcluirEu gostei muito de saber sobre esse povo tão descriminado até hj no secxxI,mas me interessei pra que serve a planta rastafari,mas não consegui achar como se usa para tratamento de câncer?
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